Quer você perceba ou não, você provavelmente já foi um consumidor de pesquisas em psicologia em algum momento. Quase todos os dias, novos relatórios sobre as descobertas dos estudos mais recentes da psicologia são transmitidos na televisão, impressos em jornais, compartilhados nas redes sociais ou sensacionalizados em programas de entrevistas. Basta pegar qualquer revista popular para ver qualquer número de artigos de autoajuda que sintetizam as pesquisas atuais em psicologia.
Como você pode determinar se esses relatórios são confiáveis ou não? Para se tornar um consumidor sábio de pesquisas em psicologia, você precisa aprender a avaliar os vários relatórios de pesquisa com os quais tem contato todos os dias. Ao compreender como identificar informações confiáveis, você pode se tornar um consumidor de psicologia informado.
As pessoas tendem a acreditar que poderiam facilmente identificar uma história de "notícias falsas", mas pesquisas sugerem que elas são surpreendentemente ruins nisso.
Aprender mais sobre como identificar boas fontes pode ajudá-lo a separar melhor as fontes confiáveis e precisas das falsas e sensacionalistas.
1. Considere a fonte
Sempre que você ler os resultados de pesquisas de psicologia em fontes de mídia populares, deve sempre considerar a fonte original das informações.
Algumas coisas a considerar:
- Os estudos publicados em periódicos profissionais de psicologia passaram por um processo de exame rigoroso, começando com o estudo original conduzido por um pesquisador de renome e geralmente apoiado por uma instituição educacional, hospital ou outra organização. Esses periódicos também são revisados por pares, o que significa que outros psicólogos especializados em métodos de pesquisa e estatísticas investigaram a pesquisa antes da publicação.
- Outra razão para olhar a fonte original é que muitos relatórios populares interpretam mal ou deixam de explicar os principais elementos das descobertas. Escritores e jornalistas com pouca ou nenhuma experiência em métodos de pesquisa podem não compreender totalmente como o estudo foi conduzido e todas as possíveis implicações da pesquisa. Ao analisar o estudo por conta própria, você pode obter uma compreensão mais completa e rica do que significam as descobertas.
2. Seja cético em relação a afirmações sensacionais ou chocantes
Ao avaliar qualquer tipo de informação científica, o ceticismo deve ser sempre a regra. Algumas coisas importantes a serem lembradas ao encontrar afirmações científicas na mídia:
- Lembre-se de que os objetivos desses relatórios populares da mídia são chamar a atenção, vender questões, aumentar as avaliações e obter visualizações de página.
- Os repórteres podem se concentrar em elementos específicos de um estudo, enquanto ignoram outras informações importantes que são essenciais para a compreensão dos resultados.
- As declarações feitas por pesquisadores podem ser usadas fora do contexto de uma forma que exagera dramaticamente os resultados originais do estudo.
Ao revisar um estudo, seja especialmente cauteloso com afirmações ou descobertas que parecem sensacionais ou irrealistas.
3. Avalie os métodos de pesquisa
Para ser um consumidor sábio de psicologia, é importante compreender alguns dos fundamentos da pesquisa em psicologia. Elementos como definições operacionais, amostragem aleatória e desenho de pesquisa são importantes para a compreensão dos resultados finais de um estudo.
Por exemplo, um determinado estudo pode olhar apenas para indivíduos específicos dentro de uma população ou pode considerar apenas uma definição restrita de um determinado tópico. Ambos os fatores podem desempenhar um papel no que as descobertas significam para a população em geral e como os resultados podem ser aplicados para a compreensão dos fenômenos psicológicos.
4. Lembre-se de que anedotas não equivalem a dados
Desconfie de histórias ou relatórios que dependem exclusivamente de histórias anedóticas para apoiar suas afirmações. Só porque um pequeno grupo de indivíduos chegou a uma conclusão semelhante, não significa que a população em geral compartilhe dessa visão.
A pesquisa científica utiliza amostragem aleatória e outros métodos de pesquisa para ajudar a garantir que os resultados de um estudo possam ser generalizados para o resto da população. Qualquer relatório que dependa da justificativa “Isso é verdade para mim, então deve ser verdade para todos os outros” deve ser visto com ceticismo.
5. Considere quem financiou a pesquisa
Ao avaliar a pesquisa psicológica, também é importante considerar os financiadores que apoiaram o estudo. O financiamento pode vir de uma variedade de fontes, incluindo agências governamentais, grupos sem fins lucrativos e grandes corporações.
Tenha cuidado quando os resultados de um estudo parecem apoiar a agenda de uma organização cujo objetivo é vender produtos ou convencer as pessoas a compartilharem seu ponto de vista. Embora essas fontes de financiamento não invalidem necessariamente os resultados de um estudo, você deve estar sempre alerta para possíveis conflitos de interesse.
6. Perceba que a correlação não é igual a causa
Muitos relatórios populares de pesquisa científica chegam a conclusões precipitadas e implicam em relações causais entre variáveis. Uma relação entre duas variáveis, no entanto, não implica necessariamente que as mudanças em uma causa mudanças em outro.
Algumas dicas úteis:
- Nunca presuma que existe uma relação de causa e efeito entre dois fatores.
- Procure frases-chave como "pesquisadores encontraram uma conexão", "pesquisas indicam uma relação entre" e "parece haver um link" para ajudar a identificar pesquisas correlacionais.
Uma palavra de Verywell
Jornais, revistas, livros e fontes online estão cheios de informações sobre as pesquisas psicológicas mais recentes. Para determinar o quão confiáveis esses relatórios são, é importante saber como avaliar as histórias que você lê.
Embora consultar o estudo original seja a melhor maneira de avaliar as informações, você também pode aplicar algum bom senso científico básico. Desconfie de afirmações sensacionalistas, preste atenção às falsas implicações de causalidade e lembre-se de que o ceticismo é a regra ao avaliar qualquer relatório científico.