Evitação Experiencial e PTSD

A evitação experiencial é uma tentativa ou desejo de suprimir experiências internas indesejadas, como emoções, pensamentos, memórias e sensações corporais. Acredita-se que essa falta de vontade de permanecer em contato com experiências internas seja a base de muitos comportamentos de "fuga" não saudáveis, como uso de substâncias, comportamento sexual de risco e automutilação deliberada, e pode aumentar o risco de transtorno de estresse pós-traumático (PTSD) em pessoas que sofreram um trauma grave.

Se você está tendo pensamentos suicidas, entre em contato com a National Suicide Prevention Lifeline em 1-800-273-8255 para obter apoio e assistência de um conselheiro treinado. Se você ou um ente querido estão em perigo imediato, ligue para o 911.

Para obter mais recursos de saúde mental, consulte nosso National Helpline Database.

Compreendendo a evitação experiencial

Evitar experiências internas negativas é um instinto natural. No entanto, psicoterapeutas que datam de Sigmund Freud argumentaram que evitar enfrentar nossa experiência emocional pode impactar negativamente nossa saúde mental e comportamentos.

Na década de 1990, os psicólogos começaram a se referir a esses comportamentos de evitação e fuga como "evitação experiencial". A evitação experiencial é vista como um estilo de enfrentamento que pode perpetuar os problemas ou produzir novos. Por exemplo, tentar não se sentir ansioso pode perpetuar a ansiedade em vez de permitir que ela se dissipe.

Em 1996, psicólogos da Universidade de Nevada escreveram em um importante artigo que "muitas formas de psicopatologia não são apenas problemas ruins, mas também soluções ruins, baseadas no uso perigoso e ineficaz de estratégias de evitação experiencial".

Desde então, a evitação experiencial tem sido associada a:

  • Ansiedade e transtorno de ansiedade generalizada
  • Transtorno bipolar
  • Auto-mutilação deliberada
  • Comportamento sexual de alto risco
  • Transtorno obsessivo-compulsivo
  • Síndrome do pânico
  • Abuso de substâncias
  • Suicídio
  • Trauma e transtorno de estresse pós-traumático
  • Tricotilomania

Como a evitação experiencial fere as pessoas com PTSD

Acredita-se que a evitação experiencial aumenta o risco de uma pessoa traumatizada de desenvolver e manter PTSD.

Por exemplo, um estudo publicado em 2014 descobriu que crianças abusadas eram muito mais propensas a desenvolver PTSD se tentassem evitar pensamentos e emoções dolorosas após o abuso, em vez de falar sobre seus sentimentos negativos.

As estratégias de evitação experiencial podem, em parte, explicar por que 40% das crianças abusadas desenvolvem PTSD ao longo de suas vidas, enquanto os outros 60% não.

A evitação experiencial é uma das três estratégias de regulação da emoção que se acredita aumentar o risco de PTSD. As outras duas estratégias de regulação da emoção implicadas no PTSD são a ruminação e a supressão do pensamento.

Evitação Experiencial, Terapia de Aceitação e Compromisso para PTSD

O oposto de evitar é aceitação. A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) é uma psicoterapia comportamental desenvolvida para reduzir a evitação experiencial.

A ACT é baseada na ideia de que o sofrimento não vem da experiência de dor emocional, mas de nossa tentativa de evitar essa dor. Seu objetivo abrangente é ajudar as pessoas a estarem abertas e dispostas a ter suas experiências interiores, enquanto focalizam a atenção não em tentar escapar ou evitar a dor (porque isso é impossível de fazer), mas em viver uma vida significativa.

Existem cinco objetivos do ACT:

  1. Reconhecendo que tentar escapar da dor emocional nunca funcionará
  2. Perceber que tentar controlar a dor é o problema
  3. Vendo a si mesmo como separado de seus pensamentos
  4. Abandonando as tentativas de evitar ou controlar pensamentos e sentimentos
  5. Vivendo uma vida significativa e gratificante

ACT é uma forma de tratamento recomendada para PTSD e outros problemas psicológicos relacionados à evitação experiencial.

Também conhecido como: evasão emocional, falta de vontade emocional, supressão de pensamento, falta de vontade

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